terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Errar é Humano, Permanecer no Erro é Científico.

Editorial da Folha de São Paulo de hoje (30).
Errar é humano, bem se sabe. O que o senso comum em geral ignora é que errar, além de humano, pode também ser científico. Persiste, para muitas pessoas, a imagem da ciência como um método infalível para atingir verdades definitivas - derivando daí a ideia de que a crença na ciência pode ser da mesma ordem da que embasa um dogma religioso. Ao contrário, é característico de toda conclusão científica o seu caráter provisório; novas evidências se agregam, cotidianamente, ao corpo dos conhecimentos estabelecidos, de modo a comprová-los, negá-los ou corrigi-los.

Seja como for, a prática usual entre os pesquisadores consiste em só levar ao conhecimento público os resultados de experimentos bem-sucedidos. Ou seja, os que confirmam hipóteses apresentadas, ou que indicam, com dados verificáveis e novas explicações, a necessidade de reformular as anteriores. Uma ideia ao mesmo tempo simples, útil e simpática promete mudar esse estado de coisas.

Uma nova publicação científica, o "Journal of Errorology", ou "Revista de Errologia", acaba de surgir na internet. Pretende divulgar os resultados negativos, vale dizer, experimentos que, por alguma razão, não "deram certo".

Hipóteses interessantes, mas que o teste da realidade não comprovou, deixariam assim de ser repetidas inutilmente por outros pesquisadores. Ao mesmo tempo, experiências que, por alguma falha, não tenham comprovado saberes consolidados podem ser preciosas, por exemplo, para o aperfeiçoamento das técnicas laboratoriais.

Ensino Religioso em xeque

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar em breve o julgamento da polêmica ação de inconstitucionalidade que questiona a prática do ensino religioso nas escolas públicas brasileiras, segundo estima a advogada Priscilla Soares de Oliveira do escritório Rubens Naves - Santos Jr. - Hesketh.
Trata-se da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.439, proposta pela procuradora-geral da República, Deborah Duprat, em meados de 2010, motivada pelo acordo entre o Brasil e Vaticano, chamado Santa Sé. O acordo é relativo ao estatuto jurídico da igreja católica no País, promulgado em 2009, conforme esclarecem assessores do Ministério Público. Para especialistas, essa iniciativa fere a laicidade do Estado e compromete o sentido da educação pública.

Levantamento preliminar da Secretaria de Educação de Roraima revela que em muitos estados as aulas de religião nas escolas públicas são ministradas por representantes de igrejas que defendem apenas uma religião ao invés de adotarem essa disciplina no currículo escolar como uma área do conhecimento. Tais práticas ferem tanto a Constituição Federal, que determina matrícula facultativa para essa disciplina, quanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que prevê caráter laico do Estado nas instituições de ensino.

UFOPA ESTABELECE PARCERIAS


A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e a Eletronorte poderão vir a firmar um acordo de cooperação e de parceria técnica ainda no primeiro semestre de 2012. A iniciativa, que deverá render bons frutos para as duas instituições, foi anunciada este mês, durante encontro entre o reitor da Ufopa, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, e o presidente da Eletronorte, Josias Matos de Araújo.

Durante a audiência, realizada no dia 26 de janeiro, na sede da Eletronorte, em Brasília (DF), o reitor da Ufopa fez uma exposição sobre a atual situação da Universidade, destacando a rápida ampliação dos recursos humanos e da comunidade acadêmica, bem como dos projetos institucionais, sobretudo na área acadêmica. O reitor apresentou ainda o projeto do Parque Tecnológico do Tapajós, que deverá ser implantado no campus-sede da Ufopa, em Santarém.

Após a exposição do reitor, o presidente da Eletronorte colocou-se à disposição para apoiar os diversos projetos da Ufopa, de acordo com o que vier a ser discutido entre as partes. Josias Matos de Araújo acenou com a possibilidade de firmar um termo de cooperação com a Universidade, numa parceria que abrangerá projetos de interesse comum entre as duas instituições.

O reitor José Seixas Lourenço já encaminhou expediente à empresa, mencionando os investimentos em pesquisa e inovação que a Eletronorte vem realizando na Amazônia, constituindo-se numa referência na geração de energia de forma sustentável, realizando parcerias importantes na região e primando pela sustentabilidade do seu empreendimento.  (Ascom Ufopa)

FONTE: Diario do Pará

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A Arte de Pablo Picasso expressa em Guernica

                                            Fonte: arte-natela.blogspot.com.

Guernica, oléo sobre tela, o genial artista pintou essa belíssima obra em 1937. A tela refere-se aos horrores da guerra. Impactante, essa é a palavra que descreve os sentimentos aflorados ao contemplar tão maravilhosa arte.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Politica e entretenimento, caminho sem volta.

Eugênio Bucci, jornalista, é professor da ECA-USP e da ESPM - O Estado de S.Paulo
No início, ainda no século 18, a imprensa criticava o poder. Aprendeu a influenciar e derrubar governos. Ao final do século 19 os magnatas da imprensa criaram pontes que os levaram pessoalmente ao poder. O americano William Randolph Hearst (1863-1951) foi um dos precursores. Dono de grandes diários espalhados pelos Estados Unidos, elegeu-se deputado. Na primeira década do século 20 tentou a prefeitura de Nova York e, depois, o governo do Estado de Nova York. Perdeu as duas disputas, mas abriu o caminho. Depois dele vieram outros, como o bilionário Michael Bloomberg, dono do canal de TV com o mesmo nome, que é o atual prefeito de Nova York.
Ao longo do século 20, como sabemos, os jornais cresceram e deixaram de ser apenas jornais. Misturaram-se ao rádio, ao cinema, à televisão, aos espetáculos em geral, e tudo isso se converteu na portentosa indústria do entretenimento, dentro da qual a imprensa é um reles departamento. Hoje essa indústria entra e sai dos gabinetes do Estado na hora que bem entende, do jeito que bem quer, a tal ponto que as fronteiras entre os dois mundos às vezes se esfumaçam. Veja-se a epopeia bufa de Silvio Berlusconi, o imperador da televisão comercial italiana, que governou o seu país como se os shows de TV e as salas de despacho fossem um palco só.

Sociedades poligâmicas são mais violentas, diz pesquisa - Ciência - Notícia - VEJA.com

Sociedades poligâmicas são mais violentas, diz pesquisa - Ciência - Notícia - VEJA.com

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Não é exclusividade de Favelas!

Carlos Alberto Di Franco, doutor em Comunicação, é professor de Ética e diretor do Master em Jornalismo. E-mail: difranco@iics.org.br - O Estado de S.Paulo
Engana-se quem pensa que tráfico de drogas é exclusividade dos morros e das favelas. Operações policiais, com frequência preocupante, prendem jovens de classe média vendendo ecstasy, LSD, cocaína, maconha... Segundo a polícia, eles fazem a ligação entre os traficantes e os vendedores de drogas no ambiente universitário.
Crise da família, aposta na impunidade, ganho fácil e consumo garantido explicam o novo mapa do tráfico de entorpecentes. O tráfico oferece a perspectiva do ganho fácil e do consumo assegurado. E a sensação de impunidade - rico não vai para a cadeia - completa o silogismo da juventude delinquente.
O envolvimento com o tráfico de drogas bate às portas das casas dos bairros de classe média. Mostra a sua garra aos que se julgavam imunes ao seu apelo e ensombrece a alma das famílias que sucumbem ao drama da delinquência insuspeitada.
Não é de hoje que vemos jovens de classe média e média alta no noticiário policial. Crimes, vandalismo, espancamento de prostitutas, incineração de mendigos, consumo e tráfico de drogas despertam indignação e perplexidade. O novo mapa do crime transita nos bares badalados, vive nos condomínios fechados, estuda em colégios e universidades da moda e desfibra o caráter no pântano de um consumismo sem-fim.
A delinquência bem-nascida mobiliza policiais, pais, psicólogos e inúmeros especialistas. O fenômeno, aparentemente surpreendente, é o reflexo de uma cachoeira de equívocos e de uma montanha de omissões. Esse novo perfil da delinquência é o resultado acabado da crise da família, da educação permissiva e de setores do negócio do entretenimento que se empenham em apagar qualquer vestígio de normas ou valores.
Os pais da geração transgressora, em geral, têm grande parte da culpa. Choram os desvios que cresceram no terreno fertilizado pela omissão. É comum que as pessoas se sintam atônitas quando descobrem que um filho consome drogas. Que dirá, então, quando vende. O que não se diz, no entanto, é que muitos lares se transformaram em pensões anônimas e vazias. Há, talvez, encontros casuais, mas não há família. O delito não é apenas o reflexo da falência da autoridade familiar. É, frequentemente, um grito de revolta. Os adolescentes, disse alguém, necessitam de pais morais, e não de pais materiais.
Alguns pais não suportam ser incomodados pelas necessidades dos filhos. Educar dá trabalho. E nem todos estão dispostos a assumir as consequências da paternidade. Tentam, então, suprir o vazio afetivo com mesadas, carros e outros presentes. Erro mortal. A demissão do exercício da paternidade sempre acaba apresentando sua fatura. A omissão da família está se traduzindo no assustador aumento da delinquência infanto-juvenil e no comprometimento, talvez irreversível, de parcelas significativas da nova geração.
Não é difícil imaginar em que ambiente afetivo terão crescido os integrantes do tráfico bem-nascido. Artigos, crônicas e debates tentam explicar o fenômeno. Fala-se de tudo, menos do óbvio: a brutal crise que maltrata a instituição familiar. É preciso ter a coragem de fazer o diagnóstico, senão assistiremos a uma espiral de violência. É só uma questão de tempo.
Psiquiatras, inúmeros, tentam encontrar explicações para os desvios comportamentais nos meandros das patologias. Podem ter razão. Mas nem sempre. Independentemente de eventuais problemas psíquicos, a grande doença dos nossos dias tem um nome menos técnico, mas mais cruel: desumanização das relações familiares. A delinquência, o último estágio da fratura social, é, na grande maioria das vezes, o epílogo da falência da família.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Piauí também quer plebiscito

Mesmo com o resultado negativo do Plebiscito no Pará, onde 66,6% da população disse não a divisão do estado, o Piauí quer convocar plebiscito para divisão territorial, criando assim o Estado do Gurguéia. Gurguéia é uma região muito produtiva, conhecida como vale do Gurguéia, possui um grande volume de água, permitindo assim, o desenvolvimento da aricultura naquele local.
O Pará é um estado continental, mesmo assim nao quiseram a divisão, Piauí é ínfimo em relação a tal estado, a população do novo estao ficaria em torno dos 645.000 habitantes, com uma área de aproximadamente 155.568 km2. Vamos aguardar para ver se por lá as pessoas e os políticos tem bom senso.
Publicado em: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2012/01/22/interna_politica,273692/projeto-convoca-plebiscito-para-divisao-do-piaui.shtml